terça-feira, 27 de novembro de 2007

"Lá vem o tal sonhador..."

Há um tempo atrás, os jornais noticiaram que um soldado israelense havia perdido a capacidade de sonhar. Ferido em uma determinada área do cérebro, por uma granada, o homem dorme, mas não sonha. Uma junta de médicos o examinou cuidadosamente e concluiu que, a despeito de não sonhar, o soldado pode ser considerado um homem saudável.
E você, considera saudável uma pessoa que não sonha?
Acredito que ainda que seja possível alguém ser minimamente saudável sem sonhar, não consigo aceitar que seja possível viver plenamente sem sonhar.
José, o príncipe do Egito, era desprezado por seus irmãos porque sonhava. Eles diziam: “Vem lá o tal sonhador.” Mas foram exatamente os sonhos de José que salvaram o Egito, as nações e a sua própria família de um longo período de fome e privações.
José ao contrário dos irmãos, não tem os pés pesados nem é apenas um homem orgânico e agarrado à terra, sem asas para vôos maiores. Ele é um jovem comprometido com o chão de nosso mundo, mas cujos olhos namoram, com a esperança, com as estrelas.
O sonho do homem acordado deve ter como combustível o próprio amor. Afinal, como já dizia Olavo Bilac: “Pois só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas.”

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Inteligência Espiritual na construção da honra...

O que mais o filme “Gladiador”, estrelado por Russel Crowe, no papel do general romano Máximo, me ensinou foi que não vale a pena viver sem honra. Por que a palavra honra foi tirada do nosso vocabulário? Por que só ensinamos para os nossos filhos a busca pela estabilidade financeira e não pela busca da honra? A frase que tem guiado a minha vida é: “Deus me honrará se eu o honrar em tudo”. Eu acredito que se eu fizer o melhor que puder, para honrar a Deus em tudo que faço, ele honrará a vida que confiou aos meus cuidados. Isto não é uma requintada placa comemorativa para mim e não é apenas uma frase espiritualmente correta de auto-ajuda. Isso é um alicerce inabalável, uma crença que brota do âmago do meu ser, que carrego comigo onde quer que vá. Realmente creio que o soberano Deus derramará sua divina bênção e virá em socorro de qualquer pessoa que, perseverantemente se esforçar em honrá-lo em tudo. Também creio que o contrário é igualmente verdadeiro. Acredito que se desonrarmos a Deus, tomando atalhos na vida, ou comprometemos nosso caráter, ou nos recusarmos a obedecer ao estímulo do Espírito Santo, então não deveríamos esperar receber qualquer ajuda do céu. Na sua graça, Deus até pode conceder o seu favor, mas não deveríamos contar com isso. Aprendi, ao longo dos anos, que realmente preciso da ajuda do céu para fazer o que faço. Não sou suficientemente bom para lidar com tudo o que me foi confiado sem intervenção divina. Preciso desesperadamente das bênçãos de Deus. Assim, sempre que tiver de tomar decisão, farei a escolha que julgar ser mais honrosa para Deus. Jesus disse: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” - Mateus 6.33 (ARA).

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Vencendo o gigante do vazio espiritual...

Esse gigante questiona a nossa capacidade de confiar em Deus para continuar vivendo. Esse gigante tenta nos convencer todos os dias de que estamos sozinhos neste mundo. Grita em nossos ouvidos que nós não temos com quem contar. Esperar por qualquer auxílio que esteja além de nós mesmos, é pura perda de tempo. Tenta nos convencer de que a vida não passa de um mero acaso, e não um milagre. Quero indicar para você a leitura do texto bíblico de 1 Samuel 17. Esta é uma passagem bíblica muito conhecida, por causa da clássica vitória do jovem Davi sobre o gigante Golias. No texto, Golias representa o gigante do vazio espiritual que nós também enfrentamos hoje. Golias não estava apenas desafiando a segurança, ou o conforto do povo de Israel. O que estava em jogo, não era apenas a questão da supremacia na guerra. Na verdade, o que Golias estava fazendo era colocar em cheque toda a capacidade das pessoas de crer, depender, esperar, confiar em Deus. E o que mais nos chama a atenção, é que a única pessoa que foi capaz de entender isso foi Davi. Quando ele ouviu o que Golias estava dizendo para o exército de Israel, quando Davi viu a atitude covarde do povo de Deus, Davi fez a seguinte pergunta que está no verso 26: “Quem é esse filisteu incircunciso para desafiar o exército do Deus vivo?” – 1 Samuel 17.26 (NVI). Davi entendeu que aquele quadro formado, de um lado pelo soldado filisteu arrogante, do outro pelos israelitas atônitos; de um lado por um gigante sanguinário incrédulo, do outro por um exército de crentes medrosos; só era possível, por conta de um profundo vazio espiritual. O vazio espiritual reinante, gerou incrédulos arrogantes e crentes medrosos. Davi era um jovem que andava com Deus. Ele não se deixou influenciar pelo pessimismo, nem pelas críticas e ameaças. O que conduziu Davi para a vitória, foi a sua capacidade de construir uma história com Deus. No verso 37 Davi disse para si mesmo: “O Senhor que me livrou das garras do leão e das garras do urso me livrará das mãos desse filisteu.” 1 Samuel 17.37. No verso 45 Davi disse para Golias: “Você vem contra mim com espada, com lança e com dardos, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou.” – 1 Samuel 17.45. No verso 47 Davi disse para o povo: “Todos os que estão aqui saberão que não é por espada ou por lança que o Senhor concede vitória; pois a batalha é do Senhor, e ele entregará todos vocês em nossas mãos.” – 1 Samuel 17.47 Nós também vivemos um tempo de grande vazio espiritual. Os homens incrédulos não sentem nenhum constrangimento de levantar suas teses contra Deus, contra a fé. No livro – “Deus, um delírio”, publicado recentemente pela Cia das Letras, Richard Dawkins, se propõe a destruir a fé dos crentes. Ele é uma espécie de gigante Golias dos nossos dias, ameaçando, escarnecendo, zombando. Do outro lado estão muitos crentes, se arrastando para os seus templos, pensando em como sobreviver espiritualmente entre os domingos. O que precisamos entender, é que dentro de cada um de nós, tem um vazio que tem o mesmo tamanho de Deus. Enquanto tentarmos preencher esse vazio com outras coisas, continuaremos vazios. Somente Deus pode nos capacitar para vencer o gigante do vazio espiritual.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Inteligência Espiritual aplicada aos nossos relacionamentos...

É comum ver pessoas desencorajadas diante da diferença que existe entre o ideal do projeto cristão para os relacionamentos humanos, e o que de fato acontece entre as pessoas. Podemos amar fervorosamente as pessoas a despeito de suas imperfeições. Buscar apenas relacionamentos idealizados é imaturidade. De outro modo, se contentar com a realidade, sem lutar para melhorar é complacência. Maturidade é viver bem com a tensão. A Bíblia diz: "Seja paciente com os outros, olhando com tolerância os erros dos outros por causa do seu amor”. As pessoas vão nos desapontar e nos entristecer. E, as vezes ficamos até desiludidos. As pessoas se decepcionam com as outras por muitas razões. A lista pode ser bem longa: conflitos, ofensas, hipocrisia, negligência e outras tantas coisas. Mas, ao invés de ficar chocados e surpresos, devemos nos lembrar de que as pessoas são imperfeitas, incluindo nós mesmos. Porque somos imperfeitos, nós nos ferimos uns aos outros, algumas vezes intencionalmente, outras não. Mas em vez de abandonarmos os relacionamentos, devemos permanecer e trabalhar para acertarmos tudo tanto quanto possível. Reconciliação e não fuga é o caminho que fortalece o caráter e aprofunda a comunhão. Abandonar os relacionamentos ao primeiro sinal de desapontamento ou desilusão é marca de imaturidade. Sempre aprendemos através dos relacionamentos. Além disso, não existe um relacionamento perfeito. Todo relacionamento tem suas imperfeições e fraquezas. Logo outras pessoas irão desapontá-lo de novo. Se, um dia você encontrar pessoas que se relacionam de forma perfeita, essa mesma perfeição é suficiente para exclui-lo, porque você não é perfeito! Quanto mais cedo abandonamos a ilusão de que os nossos relacionamentos devem ser perfeitos, tanto estaremos livres para amar as pessoas como elas são. Este é o começo das verdadeiras amizades.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

"Pode ser que sim... pode ser que não."

Aceitar as coisas que acontecem em nossas vidas, como elas são, é fundamental, uma vez que temos a tendência de mascarar a realidade. A dor e o sofrimento nos ajudam a enxergar a realidade, mas também, sempre trazem consigo, novas possibilidades. Uma conhecida história chinesa nos ensina muito sobre isso...
“Um homem tinha um belo cavalo cobiçado por todas as pessoas do seu vilarejo. Ele já tinha rejeitado várias ofertas para vendê-lo, mas sempre resistiu. Passados alguns dias, o cavalo fugiu e desapareceu. Os vizinhos comentaram com o homem: ‘Teria sido melhor vendê-lo!’ O homem respondeu: ‘Pode ser que sim, pode ser que não.’
Certa noite o cavalo retornou e como tinha se tornado líder de uma manada, trouxe consigo dezenas de outras cavalos. Os vizinhos comentaram: ‘Você fez bem em não vendê-lo!’ O homem respondeu: ‘Pode ser que sim, pode ser que não.’
Certo dia o filho deste homem foi montar o dito cavalo. Caiu, fraturou a bacia e ficou por mais de seis meses em repouso absoluto. Os vizinhos comentaram: ‘Teria sido melhor vender o cavalo!’ O homem retrucou: ‘Pode ser que sim, pode ser que não.’
Eclodiu uma guerra na região e todos os jovens foram convocados com exceção do filho deste homem, que estava se restabelecendo de suas fraturas. Dessa guerra sangrenta, poucos retornaram com vida e raros foram os que não tiveram alguma seqüela física dos ferimentos. Os vizinhos comentaram: ‘Você fez bem em não vender o cavalo!’ Ao que o homem respondeu: ‘Pode ser que sim, pode ser que não.’
Sempre buscamos uma interpretação dos eventos da vida perguntando “por quê?”, que tal se trocarmos a pergunta para: “por que não?”.