quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O significado do sacrifício...

Para muitas pessoas, em nossos dias, a palavra sacrifício significa renunciar a alguma coisa. Então é comum ouvir alguém dizendo: “eu estou sacrificando os meus fins de semana para estudar”, “este regime é um sacrifício”. Isto torna evidente o quanto o nosso conceito de sacrifício é superficial. A origem da palavra sacrifício revela que seu verdadeiro significado é “santificar ou tornar sagrado”. Sacrificar não é renunciar a alguma coisa para conseguir outra mais desejada. Sacrificar é o ato de re-significar alguma coisa, dar um novo valor, trocar de plano, elevar a fim de conseguir alcançar uma consciência mais elevada. Um sacrifício nunca é uma negação da vida, ao contrário, sempre é uma afirmação da vida. Se você tem alguma dúvida se a sua vida tem algum valor. Eu quero que você saiba, nesta tarde fria e chuvosa de primavera, que houve alguém que escolheu sacrificar a sua vida por sua causa. É por isso que Jesus não é apenas mais um mestre da religião. Ele foi o único que decidiu sacrificar a sua vida, a fim de tornar santa a sua.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Inteligência Espiritual resgatando nosso senso de comunidade...

Nos últimos 60 anos, nós temos vivido em uma cultura narcisista, onde o “EU” passou a ocupar o primeiro lugar. Tudo em nossa cultura tem sido sobre “EU”, “EU”, “EU”...
Todos os dias na televisão nós assistimos anúncios que dizem: “Fazemos tudo isto por você”. “Faça do seu jeito”. “Você tem que pensar no que é melhor para você”.
Isto acabou nos conduzindo para um beco sem saída. Vivemos num tempo onde os muitos “EU’s” se chocam entre si. Onde os muitos “EU’s” não fazem um todo. Onde os muitos “EU’s” vivem em um permanente estado de estranhamento.
Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, em seu livro Amor Líquido, aborda a fragilidade dos laços humanos, na sociedade contemporânea, vai observar que o fato de nós sermos estranhos uns para os outros no contexto da cidade, não é exatamente uma coisa inédita, o ineditismo está em que nós nos mantemos como estranhos por um longo tempo, e até mesmo perpetuamente.
Vivemos num tempo de grande egocentrismo. E isto, nos conduziu para um sentimento de solidão, sem precedentes em nossa história. Vivemos em uma cultura muito solitária. Estamos muito isolados uns dos outros. Perdemos o senso de comunidade. Mesmo vivendo com tantas pessoas ao nosso redor.
As pessoas estão sentindo falta daquele senso de comunidade que foi perdido. Há uma nostalgia no ar. Acredito que juntamente com a necessidade de comunidade, também se manifesta a necessidade de Deus. Este sentimento de solidão, também nos remete a um sentimento de orfandade espiritual.
Existe, na verdade, duas histórias acontecendo em nossa cultura neste momento. Há a história da sociedade que está piorando a cada dia. Vemos o aumento da violência, a educação e saúde populares, cada vez piores, o problema das drogas. Estamos vendo a degradação de nossa sociedade, que tem repugnado muitas pessoas que estão mais materialistas do que nunca.
Mas ao mesmo tempo, há outra história acontecendo no Brasil que acredito que é um despertar espiritual que está fermentando. Um desejo e fome de conhecer a Deus. Não acho que sempre é um desejo e fome por igreja. Mas há um desejo e fome de conhecer a Deus. Reflexo de um desencanto com a vida, de um sentimento de nostalgia de algo foi perdido ao longo do caminho.
A Igreja de Cristo, como comunidade da fé, precisa estar pronta para receber esse monte de gente frustrada, decepcionada com a existência, e com uma saudade imensa de Deus.
A Bíblia chama a igreja de o corpo de Cristo. E por muito tempo a igreja teve as duas mãos e os dois braços amputados, e tem sido apenas uma grande boca. Fala... fala... fala... e fala mais um pouquinho. O problema é que as pessoas se cansaram de tanto blá, blá, blá... A igreja de Cristo precisa reconquistar o direito de ser ouvida. E para isso, precisa recolocar as mãos e os braços.
Acredito que a igreja é chamada não apenas para falar, mas compartilhar, amar, ajudar, construir e lidar com questões como pobreza, violência, analfabetismo, abandono, doenças... Estas coisas estão engolindo as vidas de muitas pessoas.
A Igreja de Cristo precisa existir como um corpo saudável e completo, com boca, com braços, com mãos, com pernas, com ouvidos, com olhos e com coração que pulsa no ritmo da graça de Deus

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Brincando de pique esconde...

É sempre chocante encontrar vida quando pensamos estar sós.
“Venha ver!”, gritamos. “está vivo”.
É exatamente nesse ponto que muitos recuam.
Acreditar em um “Deus impessoal” – tudo bem. Em um Deus subjetivo, que vive na mente das pessoas – melhor ainda. Em alguma energia gerada pela interação entre as pessoas, em algum poder avassalador que podemos deixar fluir – o ideal. Mas sentir o próprio Deus, vivo, puxando do outro lado a corda – é outra coisa.
Há um momento em que as crianças que estão brincando de pique esconde, de repente, ficam quietas e uma sussurra no ouvido da outra: “Você ouviu aqueles passos no corredor?”
Chega uma hora em que as pessoas que ficam brincando com as coisas espirituais, de repente, voltam atrás: Já pensou se nós o encontrássemos mesmo? Não é essa a nossa intenção! E, o pior de tudo, já pensou se ele nos achasse?

“Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês', declara o SENHOR.” – Jeremias 29.

(Baseado nos textos de C.S. Lewis)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Se eu quiser falar com Deus...


Um homem muito empenhado em sua busca por Deus um dia perguntou para o seu mentor espiritual: "Dizem que antigamente as pessoas conversavam com Deus. Ouviam a sua voz. Falavam com Deus, como eu estou agora, conversando com você. Por que isso não acontece mais em nossos dias?". O mentor espiritual respondeu: "Porque, hoje em dia, ninguém se rebaixa a esse ponto".

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Descobrindo o verdadeiro SEGREDO


“O segredo do SENHOR é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança.” – Salmos 25.14 (BRP)
Disse Jesus: “O que vocês pedirem em meu nome, eu farei.” – João 14.14
“Portanto, eu lhes digo: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá.” –
Marcos 11.24


O livro “O SEGREDO” já é o maior sucesso de vendas no segmento auto-ajuda. Grande parte do seu sucesso se explica em função de uma estratégia de marketing muito agressiva. E por abordar dois assuntos muito em voga em nossos dias:
a) busca por uma espiritualidade mágica
b) sede desenfreada por consumo
O maior fenômeno literário do segmento de auto-ajuda adapta teorias baseadas na ciência para fornecer uma alternativa racional à conquista da felicidade e do sucesso.
O rótulo é novo, mas o conteúdo é nosso velho conhecido. Estamos novamente expostos a uma corrente filosófica da psicologia aplicada chamada: CONFISSÃO POSITIVA. Cujo o pai, na modernidade, foi o Pastor, Escritor e Psicólogo Dr. Norman Vicent Peale, sua teoria foi muito difundida na década de 70 e base da sua teoria era: "Mude seus pensamentos e você mudará o seu mundo." A grande diferença entre Rhonda, a autora do “Segredo” e Norman Vincent Peal, é que ela desenvolveu a idéia de uma confissão positiva sem Deus, sem Jesus. Enquanto que para Peale, o grande objetivo era apresentar Jesus Cristo, como a razão máxima do otimismo indestrutível.
Para os idealizadores do livro “O Segredo”, a idéia da existência de Deus é aceita, ele criou o mundo e tudo que nele existe, mas se ausentou dele. Deus pode até estar presente aqui, mas de um modo que não faz a menor diferença.
O grupo sugere que o universo é uma espécie de gênio que está a nossa disposição para realizar todos os nossos desejos. É só pedir de um modo correto, que você terá o mundo aos seus pés.
As melhores tradições cristãs não nos permitem pensar o universo como um gênio, e sim como uma expressão da capacidade criativa de Deus. Um Deus que criou por amor. Um Deus que não está ausente. Um Deus que quer se relacionar.
Cada pessoa,do ponto de vista bíblico, é um sonho de Deus realizado, um ser singular, criado por Deus para cumprir uma missão no mundo, viver seus propósitos e desenvolver um relacionamento pessoal com seu criador.
A Bíblia diz: “Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.” – Salmo 139.16.
Você não está aqui por acaso, você não é um acidente, sua vida foi planejada por Deus, mesmo antes de seu nascimento ter acontecido.
O verdadeiro segredo da vida não é tentar inventar um sentido para a sua própria história pessoal, mas sim encontrar o seu lugar na história que é contada por outra pessoa – DEUS. A Bíblia diz: “O segredo do SENHOR é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança.” – Salmos 25.14. Você precisa reconhecer o seguinte: A lei da atração existe, mas ela deve ser usada para o benefício dos propósitos de Deus e não para o seu propósito pessoal. Aqui o palco é dele, somos participantes na peça dele. O Salmista Davi disse: “Reconheçam que o SENHOR é o nosso Deus. Ele nos fez e somos dele: somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio.” – Salmo 100.3
A grande questão da vida é saber que estamos aqui para cooperar com algo muito maior do que nós mesmos. A verdadeira arte é desempenhar esse papel com alegria, maestria e grandeza.

Carta da Terra

No dia 14 de março de 2000 na Unesco em Paris foi aprovada depois de 8 anos de discussões em todos os continentes, envolvendo 46 paises e mais de cem mil pessoas, desde escolas primárias, esquimós, indígenas da Austrália,do Canadá e do Brasil, entidades da sociedade civil, até grandes centros de pesquisa, universidades e empresas e religiões a Carta da Terra. A Carta da Terra, foi apresentada e assumida pela ONU, em 2002, após aprofundada discussão, e tem o mesmo valor da Declaração dos Direitos Humanos. A Carta da Terra é uma declaração de princípios fundamentais para a construção de uma sociedade global no Século 21 que seja justa, sustentável e pacífica. O documento procura inspirar em todos os povos um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade compartilhada pelo bem geral. Em um momento no qual grandes mudanças na nossa maneira de pensar e viver são urgentemente necessárias, a Carta da Terra nos desafia a examinar nossos valores e a escolher um caminho melhor. Além disso, nos faz um chamado para procurarmos um terreno comum no meio da nossa diversidade e para que acolhamos uma nova visão ética compartilhada por uma quantidade crescente de pessoas em muitas nações e culturas ao redor do mundo.


PRINCÍPIOS


I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

4. Garantir a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e quando o conhecimento for limitado, tomar o caminho da prudência.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e uma ampla aplicação do conhecimento adquirido.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social, econômico e ambiental.
10. Garantir que as atividades econômicas e instituições em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, ao cuidado da saúde e às oportunidades econômicas.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, dando especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, a participação inclusiva na tomada de decisões e no acesso à justiça.
14. Integrar na educação formal e aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Action Day - Meio ambiente e inteligência espiritual

O mundo ocidental, cristão, tem contribuído muito pouco para a preservação do meio ambiente, muito ao contrário. Por que será? Acredito que isto está relacionado com a dimensão teleológica (conhecimento das finalidades) que o pensamento cristão dominante tem imprimido em nossa visão de mundo. Por que os cristão demoraram tanto para assumirem a bandeira da defesa do meio ambiente? Porque construímos uma escatologia pobre. Para os cristãos, o mundo vai terminar pegando fogo. Tudo será destruído. Haverá uma nova criação. Novos céus, nova terra. Uma vida nova. Tudo será renovado e recriado. Então, se é assim, porque tentar preservar um mundo que já está condenado à destruição? O que fazer então? Devemos abandonar a nossa perspectiva escatológica? Creio que não. Entretanto, precisamos revisitar a teologia da criação. Um dos propósitos de Deus ter criado o ser humano, foi o de cuidar de toda criação. Preservá-la e não destrui-la. Se beneficiar da criação não apenas com inteligência e tecnologia, mas com uma profunda reverência pela vida, e não espoliá-la. Depois de ter criado todas as coisas, Deus criou o ser humano no sexto dia. E depois de tê-lo feito, Deus instituiu o “sabath”, isto é, o sétimo dia, o dia de adoração. A primeira coisa que Deus nos chamou para fazer foi adorar. O universo é o grande templo de Deus. E nós fomos colocados dentro dele para adorá-lo. O meio ambiente está ameaçado porque perdemos o senso de adoração, nosso senso de sacralidade pela vida.
Na Europa, intelectuais entendem que a salvação do planeta passa necessariamente pelas mãos da engenharia genética. Uma vez que o único ser vivo, capaz de ameaçar a vida é o ser humano. Exatamente porque se julga superior e autônomo em relação à criação. Acredita-se, então, que se o ser humano for mudado, na sua constituição, tornando-se o mais próximo possível da natureza, ele não terá como colocá-la em risco.
Não creio que o ser humano precisa voltar aos estágios primitivos da sua existência. Será que precisamos abrir mão da nossa humanidade para salvar o planeta? Ou será que precisamos reencontrar o nosso verdadeiro lugar na criação?

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Inteligência Espiritual e a essência da liderança

No Evangelho de Mateus, no Novo Testamento, Jesus faz uma declaração definitiva sobre liderança. A passagem foi interpretada de várias maneiras, mas o princípio fundamental é que qualquer que aspire a liderança deve ser o primeiro a servir.
Parece apenas discurso religioso, principalmente porque vivemos num mundo onde o foco é o poder, é estar no comando, é ter o controle. Que história é essa de servir? Afinal de contas, nos últimos 15 anos muitos de nós tem trabalhado para deixar seus chefes felizes. Agora que nos tornamos "chefes" vamos continuar servindo?
O pensador Max Weber tem idéias interessantes sobre a diferença entre poder e autoridade. Se você não for capaz de perceber essa diferença, nunca vai compreender o que Jesus estava querendo dizer. Até porque Jesus nunca possuiu poder. César, Napoleão, Georg Busch, Papa, essas pessoas têm poder.
Jesus falava a respeito de liderar, não através do poder, mas sim através da autoridade. Agora, se alguém quer liderar a partir da autoridade, precisa servir, se sacrificar, procurar o bem-estar dos seus liderados.
Martin Luther King Jr. reconheceu esse princípio: "Você não precisa ter um diploma de faculdade para servir. Não é fundamental conhecer a segunda lei da termodinâmica na física para servir. Só precisa ter um coração generoso e uma alma movida pelo amor".
(Baseado no livro "Como se tornar um líder servidor" - James Hunter

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Mestre e o Equilibrista

Conta-se que certa vez um grande mestre reuniu os seus discípulos para assistir os feitos de um grande equilibrista. Os discípulos, admirados de ver o seu mestre interessado numa situação tão mundana questionaram-no. O mestre então, perguntou: “Vocês sabem como ele consegue?” E sem esperar resposta continuou.

Regra número um: em nenhum momento desviar sua atenção para o chapéu no qual lhe depositam dinheiro em reconhecimento. Se perder a concentração no que está fazendo, cai imediatamente.

Regra número dois: não prestar atenção no próximo passo, mas mirar em direção ao mastro no final da corda. O objetivo é que permite o equilíbrio e oferece estabilidade para o próximo passo.

Mas qual é o momento mais difícil e mais importante de sua tarefa?

Os discípulos se entreolhavam confusos.

Ele respondeu: É o momento em que chega no final da corda e tem que dar meia-volta. Nesse momento, ele fica sem o mastro como referência. Aí, ele depende de um centro que ficou interiorizado nele.

Nesse quase manual de procedimentos “equilibrísticos” vemos lições importantes.

1) Não buscar apenas a recompensa imediata, pois desequilibra.

2) Não deixar de ter um objetivo para mirar, sob o risco de perder o equilíbrio.

3) E, a mais importante, ter confiança para internalizar a referência externa, para perseverar quando ela não estiver mais disponível.

Boas lições para nós, eternos equilibristas da vida.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Hora do recreio....

Foi o Ramada que saiu com esse lance aí...

1) Pegar um livro próximo (sem procurar)
2) Abrir na página 161
3) Procurar a 5a. frase completa
4) Não escolher a melhor frase, nem o melhor livro
5) Repassar para 5 Blogs

O livro que estava lendo era "Fronteiras da Inteligência" e a quinta frase, da página 161 é: "Não são raras as pessoas que pensam estar resgatando sua espiritualiade, porque alguém lhes disse que eram 'sensitivos' ou 'médiuns' e que deveriam desenvolver essa pontecialidade."

Inteligência Espiritual e modelos de espiritualidade

Na última enquête eu perguntei: “O que mais caracteriza uma espiritualidade saudável?”. Cem por cento das respostas foram: “ter uma vida correta”. Por correta pode-se entender como uma vida pautada por valores, uma vida ética. As outras possibilidades seriam: “conhecer teologia e doutrinas”; “cuidar dos mais necessitados”; “ter experiências místicas”. O que mais me chamou a atenção foi o fato de que era possível escolher mais de uma opção. Entretanto, todos escolheram uma única opção. Ter ética é essencial para se desenvolver uma espiritualidade saudável. Mas, e quanto a dimensão do cuidado? Cuidar dos que sofrem, dos que estão excluídos, cuidar do meio-ambiente? Jesus nos ensinou que um copo com água fresca, dado em seu nome, tem implicações cósmicas. E quanto a dimensão teológica? Conhecer, refletir, pensar, a respeito do nosso relacionamento com Deus? Jesus alertou aos fariseus e escribas da sua época que eles erravam, porque não conseguiam distinguir o próprio Cristo, nas Escrituras. E quanto a dimensão do carisma? Viver grandes experiências com Deus? Foi Jesus quem disse: “tudo é possível ao que crê”. Uma espiritualidade mais saudável passa necessariamente pela integração dos diferentes projetos de espiritualidade.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Inteligência Espiritual e a busca pela sabedoria

A sabedoria não é um tipo mais elevado de conhecimento, mas sim uma habilidade para continuar aprendendo sempre. Sábio não é aquele que sabe, sábio é aquele que sempre aprende.

Nilton Bonder em seu excelente livro, “Fronteiras da Inteligência”, cita o depoimento do prêmio Nobel de química, Karl Ziegler, quando perguntado por que teria se destacado tanto em sua área de estudos, ele atribuiu méritos a sua mãe. Todos devem ter pensado que ela teria sido uma grande professora de química. Mas, ele disse que, quando sua mãe ia buscá-lo na escola, não fazia a pergunta que invariavelmente os pais fazem aos filhos: “O que você aprendeu hoje no colégio?” Ela perguntava: “O que você perguntou hoje no colégio?”. O interesse e a inquietude pela dúvida é que faz a grande diferença.

E você? O que perguntou hoje?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Resultado da enquete: "Se você continuar vivendo como está, sua vida será melhor no futuro?

44% das pessoas responderam que: NÃO
33% responderam que: SIM
11% disseram que: iriam continuar assim mesmo
11% disseram que: precisam de ajuda
E você? Tá construindo a sua vida sobre a rocha ou sobre a areia?

Buscando a Certeza, em vez da Verdade...

Hoje alguns jornais publicaram a respeito de um famoso vidente brasileiro, que para atestar a veracidade das suas premonições, registrava cartas em cartório, descrevendo eventos que iriam acontecer no futuro. Segundo a Folha, tudo fraude. Eu fico me perguntando porque esse tipo de atividade continua dando tanto “ibope” ainda em nossos dias. Uma das razões é que queremos usar a dimensão da espiritualidade para obter certezas e não para encontrar a verdade. Esse é um dos erros mais comuns que cometemos. Queremos profecias, revelações, premonições registradas em cartório, para aplacar nossas perguntas, nossas curiosidades. Se, em vez disso, buscássemos a verdade, veríamos que está disponível e que nos responde e nos ajuda mais do que as certezas. A ignorância espiritual é mais perversa do que a falta de fé. Prefere-se o conforto de certezas forjadas, do que transitar pelos labirintos sagrados da verdade.