quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Mestre e o Equilibrista

Conta-se que certa vez um grande mestre reuniu os seus discípulos para assistir os feitos de um grande equilibrista. Os discípulos, admirados de ver o seu mestre interessado numa situação tão mundana questionaram-no. O mestre então, perguntou: “Vocês sabem como ele consegue?” E sem esperar resposta continuou.

Regra número um: em nenhum momento desviar sua atenção para o chapéu no qual lhe depositam dinheiro em reconhecimento. Se perder a concentração no que está fazendo, cai imediatamente.

Regra número dois: não prestar atenção no próximo passo, mas mirar em direção ao mastro no final da corda. O objetivo é que permite o equilíbrio e oferece estabilidade para o próximo passo.

Mas qual é o momento mais difícil e mais importante de sua tarefa?

Os discípulos se entreolhavam confusos.

Ele respondeu: É o momento em que chega no final da corda e tem que dar meia-volta. Nesse momento, ele fica sem o mastro como referência. Aí, ele depende de um centro que ficou interiorizado nele.

Nesse quase manual de procedimentos “equilibrísticos” vemos lições importantes.

1) Não buscar apenas a recompensa imediata, pois desequilibra.

2) Não deixar de ter um objetivo para mirar, sob o risco de perder o equilíbrio.

3) E, a mais importante, ter confiança para internalizar a referência externa, para perseverar quando ela não estiver mais disponível.

Boas lições para nós, eternos equilibristas da vida.

Nenhum comentário: