segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Manual de Felicidade

Um dia, uma pessoa conhecida repetiu para mim o seguinte “clichê”: “A felicidade não existe, o que existe são momentos felizes.” Estava tão consternado que nem me dei conta do que estava sendo dito. Assenti apenas por educação. Mas depois, fiquei pensando no malefício que frases prontas, instantâneas como estas, podem trazer para a vida das pessoas. Será que é isso mesmo? Será que temos que ficar esperando ansiosamente por algumas migalhas de felicidade, em meio a um deserto de infortúnios? Será que existe a tal da felicidade? Se existe, nós sabemos o que é felicidade?
Tudo bem, eu concordo que não é muito fácil saber o que é felicidade. Mas, penso que confundimos felicidade com um estado permanente de conforto, bem-estar, prosperidade, plenitude. Estamos vivendo na era do Prozac. Com isso, ficamos desencorajados de buscar o verdadeiro sentido da felicidade, por pura ignorância.
O único manual de felicidade que já encontrei ensina o seguinte:
FELIZES são os humildes;
FELIZES são os que ainda se sensibilizam;
FELIZES são os mansos e simples;
FELIZES são aqueles que aspiram ser justos e bons;
FELIZES são os que amam e praticam a misericórdia;
FELIZES são os que têm um coração puro;
FELIZES são os que promovem a paz;
FELIZES são os que são criticados por terem fé.
E aí? O que você acha? Será que ainda é possível encontrar essa tal da felicidade?

5 comentários:

Anônimo disse...

Outra frase feita: felicidade é um estado de espírito. Assim, além das “pílulas da felicidade”, aumenta a procura por drogas alucinógenas cada vez mais poderosas que “transportam” os usuários para estados mentais que criam a ilusão de atingir temporariamente a tão procurada, e dificilmente achada, felicidade.
Na impossibilidade de conquistar de maneira concreta o que eu pessoalmente descrevo como simplesmente “viver em paz”, a sociedade a cada dia lança mão de novos artifícios que permitem viver uma miragem da legítima felicidade (consumo, sucesso, status, e por ai vai...). Quando se crê ter chegado ao objeto desejado, a miragem se desfaz para surgir em outro ponto mais distante.
Se é possível encontrar a felicidade? Confesso que não consigo ler a lista sem reconhecer que sozinha nunca vou poder desenvolver essas qualidades. Se um Poder muito maior que meu próprio espírito, se uma Força sobrenatural não entrar na jogada junto comigo, vou acabar entrando para o time dos que passam a vida a procurar.

Mentoria Espiritual disse...

Olá Cris...
Você tem toda razão. Não há como ser feliz sozinho. Até porque ser feliz não é ter ou possuir coisas. A felicidade está na capacidade de ser e não de ter. Felizes são aqueles que conseguiriam deixar de ser indivíduos para se tornarem pessoas.
Eu também estou nesta viagem com você em busca da felicidade. Vamos juntos!

silhouettemania.blogspot.com by joelmamota disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
silhouettemania.blogspot.com by joelmamota disse...

Ontem vi um filme antigo na TV, "A primeira vista". Trata-se de um rapaz cego desde a infância que por uma intervenção cirúrgica volta a enxergar. Que maravilha, certo? Não necessariamente... Assim é a felicidade, alguns diriam que esperam uma intervenção, um evento, uma conquista, para fazer com que a felicidade chegue. Mas há diferença entre os momentos de felicidade e o estado feliz da alma. O fato é que este filme me fez lembrar que assim como em dias chuvosos e nublados as estrelas no céu podem não ser vistas, mas não negamos que elas estão lá, quem está em Cristo pode ter seus dias nebulosos mas o coração está sempre seguro, porque Ele presente está. Joelma.

Mentoria Espiritual disse...

Joelma...
Não conheço esse filme. Mas, me fez lembrar do livro do escritor português, José Saramago, "Ensaio sobre a cegueira". A pergunta que o livro faz aos seus leitores é: ver é uma bênção ou uma maldição? Poder ver, nos faz enxergar coisas que as vezes não queremos. Entretanto, acredito que o mais importante não apenas enxergar, mas sim como enxergar. Saber enxergar é uma arte.